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TENDÊNCIA: COWORKING NO MERCADO IMOBILIÁRIO.


COWORKING NO MERCADO IMOBILIÁRIO
COWORKING NO MERCADO IMOBILIÁRIO

O mercado imobiliário está se renovando com novos conceitos e estratégias trazidas do consumo colaborativo e da economia compartilhada, usando idéias que já são comuns aos espaços de coworking e que agora passam a ser aplicadas em condomínios residenciais e lançamentos imobiliários.


Segundo estudo elaborado pela escola de negócios IE Business School em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Ministério da Economia e Competitividade espanhol, o Brasil é líder latino-americano em economia colaborativa com 32% das iniciativas, à frente da Argentina e México, com 13% em ambos casos, e Peru, com 11% (leia mais nessa reportagem: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/brasil-e-lider-latino-americano-em-economia-colaborativa).

Hoje essa tendência já se reflete em mercados mais amplos, chegando até mesmo àqueles mais tradicionais, como é o caso da construção civil presente nos novos lançamentos imobiliários.

Novas unidades residenciais compactas estão sendo lançadas em condomínios com espaços de uso comum cada vez mais inovadores e serviços de baixo custo operacional e um bom apelo de vendas no mercado imobiliário. Condomínios desse tipo contam com bicicletas compartilhadas, lavanderias, carros de uso comum, pequenos espaços de coworking e até apartamentos compartilhados.

Imagine que sua sogra do interior está vindo para passar um final de semana no seu apartamento: hoje existem condomínios com apartamentos compartilhados, que você pode locar por um final de semana para essas ocasiões. Também automóveis pertencentes e mantidos pelo próprio condomínio para serem locados para seus moradores pagando uma taxa por hora de uso

Abre-se assim uma grande oportunidade de trazer esses espaços de uso comum não apenas como diferencial de marketing cada empreendimento, mas como locais de compartilhamento de serviços que realmente são úteis e trazem benefícios econômicos aos seus moradores.

A CULTURA SHARING VIROU TENDÊNCIA E CHEGOU NO MERCADO DA CONSTRUÇÃO CIVIL.

A construtora Vitacon, por exemplo, está construindo um edifício no Bom Retiro, que conta com apartamentos que chegam até 60 m2, sendo que o menor deles, de 14m2 não será vendido a ninguém, ou seja, será um apartamento compartilhado que poderá ser alugado por qualquer morador, por um período curto de tempo, para receber visitas. Além desse espaço compartilhado, a construtora oferece vários outros serviços desde ferramentas ( quem nunca pediu uma furadeira emprestada pro vizinho?) , bicicletas, lavanderia e carro. Tudo isso pode ser administrado através de um aplicativo de celular que a própria empresa fornece para os novos moradores.

Esse modelo traz benefícios para quem compra e pra administração do condomínio. A vantagem desse tipo de empreendimento é que é possível usufruir de fato desses espaços comuns de forma inteligente, ajudando até a equilibrar as contas do condomínio, sendo uma solução para muitos espaços de uso comum que acabam ficando abandonados. ( Já parou pra pensar em quantas vezes por ano o Espaço “Garage Band” é usado no seu condomínio?)

Outra forma de compartilhamento em uso no país é aquela voltada para moradia de segunda residência. Conhecida como venda fracionada, esse modelo é utilizado para casas de veraneio, e já está em operação no Brasil há mais de 5 anos.

Pensada para aquelas famílias que sempre quiseram compra um segundo imóvel, mas não dispõe do valor para esse investimento. É possível comprar uma cota desse, e compartilhar seu uso com outras famílias. Geralmente cada unidade residencial pode ser fracionada para 12 famílias, e cada uma tem direito a utilizar 4 semanas por ano. É o caso de dois empreendimentos na Bahia, próximo a Costa do Sauípe e um no Paraná.

“ Desde serviços cotidianos até em situações esporádicas, o consumo compartilhado pode ser estimulado de forma saudável, e pode ser apresentado como uma forma criativa de driblar a crise econômica atual e perdurar como uma novo modelo de consumo inteligente e sustentável. Apesar do Brasil ainda tem uma cultura bastante patrimonialista, quanto mais for estimulado a compartilhar, pode se tornar um excelente local para gerar oportunidades de negócios voltadas para a economia colaborativa”, segundo Alexandre Galvão, diretor da Ponto Urbano Coworking.

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